Tecnologia é mais barata, mais confortável e, principalmente, mais amiga do meio ambiente
Carros híbridos foram eleitos há muito tempo como um dos passos mais fundamentais para a redução das emissões de gases estufa nas grandes cidades. Salvos dos problemas de infraestrutura que empacam a proliferação e viabilidade dos carros elétricos, os híbridos convencionais, todavia, sofrem com os preços elevados, além de deixarem o desempenho a desejar devido ao peso de todos os componentes elétricos combinados ao motor convencional.
Mas parece que tudo isso virou coisa do passado com a tecnologia do Hybrid Air.
Essa tecnologia, até então única no mundo, foi desenvolvida pela PSA Peugeot Citröen em parceria com a Bosch e apresentada em 2013. Atualmente, já há um projeto essencialmente pronto que deve entrar em produção a partir de 2016. Pelo nome, pode parecer óbvio como funciona a tecnologia: em vez de um motor elétrico, o sistema hidráulico movido a gasolina é auxiliado por um sistema de propulsão a ar comprimido, capaz de atingir até 34 km/L e gerando uma economia de até 44% em relação aos modelos tradicionais. Em termos de emissão de poluentes, a queda é de 30% e, dependendo do trajeto, pode chegar a até 60% ou 80% de emissões zero, se rodar no modo Air.
Sim, é possível você cumprir um trajeto (geralmente em ambientes urbanos) sem produzir qualquer grama de CO2 – a média que esperam chegar com essa nova tecnologia é de 69 g/km (atualmente, esse número passa de 120 g/km para veículos leves, que devem ser contempladas por essa tecnologia do Hybrid Air). Rodando pelo Modo Air, quando apenas o sistema de ar comprimido é responsável por fazer o carro andar, esse ar dilatado empurra uma quantidade determinada de óleo, que funciona como vetor de energia, alimentando o motor hidráulico.
Quando funcionando com o motor a gasolina, o carro ainda conta com uma redução no consumo devido ao menor peso dos cilindros, o que diminui o atrito em 30%. É um modo mais adaptado para rodovias e estradas, desde que a velocidade esteja estabilizada. Mas quando não, entra em ação o modo misto entre o motor a gasolina e o sistema do ar comprimido, que trabalham em conjunto para obter a melhor performance com a integração e economia. O reservatório de energia do sistema de ar comprimido pode ser carregado em míseros 10 segundos.
Por não precisar de baterias, o Hybrid Air dispõe de mais espaço, tanto para os passageiros quanto para as bagagens. A manutenção do sistema é mais facilitada por se tratar de algo especialmente mecânico. Na nova versão apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo, seus componentes externos ainda são feitos de matérias recicláveis.
O vídeo abaixo, gravado no Salão do Automóvel de São Paulo, apresenta mais alguns detalhes do Hybrid Air.
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