Processo de desertificação acontece desde 2005
Uma equipe de cientistas da NASA apresentou um novo estudo sobre os efeitos da seca na Amazônia. O relatório aponta uma área de 700 mil quilômetros quadrados, que representa 30% da área total da floresta, como lugar mais afetado.
O problema começou em 2005, quando houve a maior seca na região dos últimos 40 anos. Seus efeitos perduraram até uma nova seca, dessa vez em 2010, considerada a maior desde 1902, quando as medições começaram a ser feitas.
Especialistas acreditam que as secas são provenientes de fenômenos climáticos semelhantes aos que geraram os furacões Rita e Katrina. Nesse caso, as correntes de ar frio provenientes do sul do Brasil, responsáveis pelas chuvas na Amazônia, não chegaram ao seu destino. Ao invés disso, foram na direção do litoral.
O período entre as secas não foi suficiente para que as árvores se recuperassem, causando uma mudança na paisagem da região, agora repleta de árvores secas e sem folhagem. Os especialistas da NASA esperavam uma recuperação total da vegetação no período de um ano.
Após a catástrofe, a floresta perde parte de sua capacidade de absorção de gás carbônico, o que por sua vez contribui para o aquecimento global, formando um ciclo vicioso.
Enquanto grande parte das pessoas aponta o desmatamento como o principal inimigo da Floresta Amazônica, notícias como essa mostram que as emissões de gases do efeito estufa merecem atenção redobrada (saiba mais sobre o assunto, e como proceder para diminuir a poluição do ar, na nossa matéria sobre aquecimento global).
A imagem a seguir mostra, na esquerda, as regiões mais afetadas pela seca de 2005, onde as marcações em vermelho e amarelo mostram as áreas mais afetadas. Na direita, as regiões em vermelho e amarelo indicam as áreas em que as árvores apresentam mais dificuldade em se recuperar.
Imagens: NASA
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