Preocupado com o pouco espaço para o cultivo de plantas nas cidades grandes e com a alta taxa de obesidade infantil, canadense cria vaso prático com sistema de subirrigação
O empresário Kent Houston fundou, em 2002, a startup Let’s Patch com a ideia de que qualquer um poderia produzir alimentos, não importando o lugar em que estivesse. Uma das invenções dessa pequena empresa é o Patch, um vaso feito de Tyvek, material denso e durável, com propriedades de película de papel e tecido, o que o torna reciclável, lavável e resistente a manchas.
O vaso Patch, que pode ser enviado pelo correio num envelope atraente, tem um sistema de subirrigação, em que a água penetra o solo por meio de ação capilar – o mesmo processo pelo qual uma toalha de papel ou uma esponja absorve água. A base do vaso serve de reservatório, e as raízes absorvem apenas a quantidade necessária para a planta. Segundo o criador, nas fases iniciais do crescimento, uma vez por semana será o tempo suficiente para inserir água no recipiente. Quando a planta estiver madura e grande, pode ser necessário adicionar água no reservatório a cada dois ou três dias. Sem a necessidade de cabos, velas ou bombas, a sua planta vai precisar apenas de água e sol.
Além da preocupação com a escassez de espaço para o cultivo de plantas, Houston diz que as taxas cada vez mais elevadas de crianças obesas, fator preocupante da sociedade contemporânea, algo que o motivou a criar o Patch. Por isso, ele distribuiu os envelopes para mais de 30 escolas da província de Colúmbia Britânica, no Canadá, em parceria com a ONG Growing Chefs – que promove a alimentação saudável entre crianças, levando chefes de cozinha voluntários às salas de aula do ensino fundamental, para oferecerem aos alunos a experiência prática de cozinhar sua própria comida. O próximo passo, diz o criador, é fabricar o envelope em maior escala.