A tecnologia deepfake é uma técnica de manipulação de vídeos e áudios a partir do uso de softwares digitais. Nela, usuários utilizam métodos da inteligência artificial para substituir o rosto ou voz de pessoas, criando vídeos convincentes, mas falsos.
Por serem extremamente convincentes, na maioria das vezes, diversos deepfakes de pessoas públicas, como líderes políticos e celebridades viralizaram na internet e tornaram-se motivo de especulação na web. Desde então, aplicativos e programas facilitaram a criação de deepfakes, que podem ser criados com alguns cliques, mas que não são convincentes ou impactantes quanto os originais.
No entanto, o uso de deepfakes virou contraditório, uma vez que capacita e impulsiona a disseminação de informações falsas. Além disso, a inteligência artificial e os métodos mais “sofisticados” de falsificação possuem um problema na proteção contra roubo de identidade.
O nome deepfake deriva de deep learning, uma forma de inteligência artificial onde a tecnologia “aprende” algoritmos. A partir disso, o conceito base da tecnologia parte, principalmente, do reconhecimento facial — sim, o mesmo utilizado por smartphones e outros dispositivos.
Um pouco mais “sofisticado”, os deepfakes são produzidos através de um deep learning chamado “generative adversarial network”, ou GAN. O GAN consegue reconhecer milhares de vídeos e áudios de uma mesma pessoa para, então, recriar um novo vídeo com o que foi aprendido.
Essa forma de reconhecimento, por sua vez, é feita através de pontos específicos no rosto humano: cantos dos olhos e da boca, narinas e o contorno da mandíbula.
Na grande maioria dos casos, os deepfakes são usados como formato de memes da internet. Um exemplo disso é o famoso vídeo viral do ex-presidente americano Barack Obama ofendendo Donald Trump publicamente.
No entanto, grande parte dos deepfakes também são de conteúdo adulto explícito. Em 2019, por exemplo, 96% de todos os deepfakes encontrados na web possuíam conteúdos pornográficos. Esses, por sua vez, incluíam pornografia de vingança contra celebridades, o que levantou outra questão na internet.
O uso da imagem de celebridades, principalmente femininas, na criação de deepfakes virou uma arma contra as mulheres e reforçou a misoginia presente em espaços da internet.
Os deepfakes, quando bem feitos, podem oferecer diversos perigos. Além do óbvio conteúdo degradante, o uso de figuras políticas importantes em vídeos potencialmente problemáticos podem causar um grande estrago na sociedade, se não desmentidos em segundos. O poder de disseminação de informações da internet amplia esses perigos, tornando o deepfake uma ameaça.
Alguns indicadores de um deepfake incluem:
Em geral, a identificação de deepfakes também segue a mesma linha de raciocínio para a identificação de fake news: siga o senso crítico, questione e procure fontes relevantes e confiáveis.
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