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Estiagem é a mais severa dos últimos anos e aparelho ajuda população em tarefas básicas do dia a dia

Em meio a estiagem mais severa dos últimos 50 anos na região Nordeste, as 60 famílias que residem no sítio Camurim, em Riacho das Almas (a 137 km do Recife) contavam apenas com a água fornecida por meio de carros-pipa ou por sistema de armazenamento em cisternas.

Mas essa realidade difícil começou a ser minimizada no dia 11 de abril, quando entrou em funcionamento um dessalinizador – equipamento que transforma água salgada captada de um poço profundo em água potável. O aparelho possui placas que captam energia solar para alimentar o seu funcionamento.

O equipamento produz 600 litros de água por hora. Para não haver desperdício, são distribuídas fichas para controle do consumo.

Como funciona

Por causa da escassez, a comunidade é orientada a usar a água apenas para beber e cozinhar. Os demais afazeres domésticos devem utilizar água bruta, que sobra do sistema de captação, e ainda dos carros-pipa que continuam abastecendo o sítio.

O sistema possui dois reservatórios de cinco mil litros de capacidade de armazenamento cada um. Um reservatório armazena a água recém-captada e o outro estoca o produto devidamente tratado e pronto para o consumo. A água é distribuída por meio de uma espécie de bica.

“O sistema de dessalinização não utiliza energia elétrica. Dessa forma, economizamos com custos de manutenção, além de fazer um sistema totalmente sustentável, que pode ser copiado tanto em outras comunidades rurais de nosso município quanto em outras cidades com realidade parecida”, destacou ao UOL o secretário de Agricultura do município, Naelson Beserra.

Ganho social
A Secretaria Executiva de Recursos Hídricos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco informou que os equipamentos representam um ganho social com o abastecimento regular de água e trazem um impacto econômico positivo, por meio da redução do uso de carros-pipa pelas comunidades.

Existem outros 200 dessalinizadores instalados no Estado, porém todos movidos a energia elétrica. Eles estão distribuídos no agreste e no sertão pernambucanos.

O equipamento custou R$ 78 mil, mas com o processo de instalação, saiu por R$ 118 mil.

Fonte: EcoD

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