Disfunção erétil: o que é, causas e tratamentos

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A disfunção erétil, ou impotência, é a incapacidade de obter ou manter uma ereção para ter relações sexuais. A condição é comum em homens acima dos 40 anos, mas também pode ser recorrente em homens mais novos devido a fatores externos controláveis, como estresse, ansiedade, cansaço ou consumo excessivo de álcool. 

Estima-se que um em cada 10 homens sofrerá de disfunção erétil em algum momento de sua vida e, em geral, esses casos não são motivo de preocupação. 

No entanto, casos mais recorrentes da condição podem indicar problemas de saúde, além de potencialmente interferir na vida pessoal de pacientes, causando estresse, contribuindo para problemas em relacionamentos e afetando a autoconfiança de alguns homens. 

Estudo descreve os mecanismos moleculares da disfunção erétil por consumo de álcool

Incidência

Dados do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos indicam que cerca de 30 milhões de americanos vivem com disfunção erétil. Além disso, a incidência da condição pode aumentar com a idade. 

De acordo com a Universidade de Massachusetts, casos leves ou moderados de disfunção erétil afetam 10% mais homens para cada década de vida.

Contudo, como já mencionado, a condição também afeta homens mais novos, principalmente em decorrência de fatores externos. O progresso das pesquisas da área, entretanto, conseguiu evidenciar algumas possíveis causas ou agravantes da condição. 

O que leva à disfunção erétil?

Além do avanço da idade, existem diversas possíveis causas de disfunção erétil. Em geral, a ereção é resultante de um processo que envolve o cérebro, hormônios, nervos, músculos, emoções e os vasos sanguíneos — o que pode significar que a condição potencialmente deriva de algum problema nessas áreas e atividades do organismo.

Especialistas acreditam que a disfunção erétil também pode ser um sintoma resultante de outras condições de saúde. Desse modo, as causas da condição podem ser evidenciadas e divididas em duas categorias: físicas e emocionais. Confira algumas causas: 

Causas físicas

Imagem de Tim Gouw no Unsplash

Causas emocionais

  • Depressão
  • Estresse
  • Ansiedade
  • Ansiedade de desempenho
  • Problemas de relacionamento

A disfunção erétil pode derivar de apenas uma causa ou de um conjunto de fatores e escolhas do estilo de vida. Portanto, o acompanhamento médico é essencial no tratamento e diagnóstico da condição. 

Sintomas

Os sintomas da disfunção erétil são fáceis de reconhecer, como: 

  • Não conseguir manter uma ereção;
  • Não conseguir ter uma ereção; 
  • Falta de libido;
  • Ejaculação precoce;
  • Ejaculação atrasada; 
  • Inabilidade de ejacular.

Especialistas sugerem a ida ao médico se os sintomas persistirem por três ou mais meses. 

Diagnóstico

O diagnóstico da disfunção erétil é feito com profissionais de saúde, que pedirão o histórico médico e sexual do paciente para potencialmente revelar as causas da condição. 

Parte do diagnóstico também pode ocorrer com exames físicos para a indicação de problemas como:

  • Problemas no sistema nervoso — que podem ser indicados pela falta de resposta do pênis frente a estímulos externos; 
  • Padrão capilar — pode apontar para problemas hormonais, que envolvem o sistema endócrino;
  • Problemas circulatórios;
  • Características incomuns do próprio pênis — podem sugerir a base da impotência.

Exames de sangue também são utilizados para confirmação do diagnóstico. 

Disfunção sexual: sintomas, causas e como tratar

Tratamento

O tratamento da disfunção erétil depende do quadro de cada paciente, uma vez que a condição depende da idade, histórico sexual e médico. Em grande parte dos casos, a combinação de tratamentos pode ser indicada — que envolve a prescrição de medicamentos em conjunto com a terapia, para causas emocionais. 

Contudo, outras formas de tratamento podem envolver terapias de reposição hormonal ou implantes penianos, dependendo do quadro do paciente. 

Flavonoides e sua relação com a disfunção erétil

Uma pesquisa da Universidade de East Anglia em conjunto com a Universidade de Harvard concluiu que o consumo de alimentos ricos em flavonoides está associado à redução de riscos de desenvolvimento de disfunção erétil, com maior benefício em pessoas com menos de 70 anos. A análise reuniu os dados de mais de 50 mil homens de meia idade.

De acordo com os resultados da pesquisa, participantes que consomem dietas ricas em três tipos específicos de flavonoides obtiveram os melhores resultados — antocianinas, flavonas e flavanonas.

Entre os alimentos que podem potencialmente reduzir o risco da condição estão morangos, mirtilos, frutas cítricas, maçã, pera e vinho tinto — contudo, é importante notar que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas também é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da disfunção erétil

O time de pesquisadores descobriu que homens que consomem alimentos com esses compostos regularmente possuem 10% menos chances de desenvolver disfunção erétil. Além disso, um consumo maior de frutas em geral foi associado a uma redução de 14% no risco de disfunção erétil e o consumo de flavonoides em combinação com exercícios físicos pode reduzir o risco em 21%.

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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