A doação de sangue é um gesto solidário em que se oferece uma pequena quantidade do próprio sangue para salvar a vida de outras pessoas. Esse ato é fundamental para aqueles que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias.
Os bancos de sangue também são indispensáveis para que pacientes com doenças crônicas graves – como Doença Falciforme e Talassemia – possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além de sua vital importância para tratar feridos em situações de emergência ou calamidades.
Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Por isso, o Ministério da Saúde reforça periodicamente a importância de os brasileiros adotarem a cultura solidária da doação de sangue regular e espontânea. Saiba quem pode doar sangue, quais são os cuidados após a coleta e dúvidas frequentes sobre a doação.
Existem normas nacionais e internacionais para a triagem de pessoas aptas a doar sangue. No Brasil, o Ministério da Saúde e a Associação Americana de Bancos de Sangue são os órgãos responsáveis por esse controle. A exigência dos requisitos garante a saúde daqueles que doam e, especialmente, daqueles que receberão o sangue doado, já que ele não pode estar contaminado com outras doenças e colocar a qualidade de vida do paciente em risco.
Vale ressaltar que a frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para homens e de três doações de sangue anuais para mulheres. Além disso, o intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para homens e de três meses para mulheres.
Uma pessoa adulta possui, em média, cinco litros de sangue. Em uma doação, são coletados no máximo 450 ml, ou seja, menos de 10% de todo o sangue presente no corpo. A doação de sangue é 100% voluntária e não causa prejuízos ao organismo.
O Ministério da Saúde disponibiliza uma lista com todos os hemocentros do Brasil. Para saber qual é o centro de coleta mais próximo de você, confira o site.
Uma única doação é capaz de salvar até quatro vidas, uma vez que o material é separado em diferentes hemocomponentes: concentrado de hemácias (glóbulos vermelhos), concentrado de plaquetas, plasma e crioprecipitado, que podem ser utilizados em diversas situações clínicas.
Se você pretende doar sangue, conheça as etapas envolvidas no procedimento:
O ideal é agendar a doação no hemocentro desejado, seja por meio de telefone, e-mail ou outra fonte de contato disponibilizada pela organização. Em caso de doações emergenciais, basta se dirigir ao local e identificar o destinatário da doação.
O cadastro do candidato à doação de sangue é realizado ao chegar no hemocentro, com a apresentação de carteira de identidade ou qualquer documento oficial com foto.
Nessa etapa, é realizada a verificação dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura e batimentos cardíacos), peso e teste de anemia. O objetivo dessa avaliação prévia em ambulatório é detectar alguns impedimentos para a doação. Essa entrevista é particular e os dados são mantidos sob total sigilo.
É feita uma entrevista individual e sigilosa em que serão avaliados os antecedentes e o estado atual de saúde do candidato à doação de sangue, para determinar se a coleta poderá trazer riscos para ele ou para o receptor. A entrevista é conduzida com uma série de perguntas em que o candidato precisa responder com total veracidade e sem omissão, já que isso pode comprometer a saúde dos destinatários do sangue doado.
É realizada a coleta de aproximadamente 450 ml de sangue e também de amostras para a realização dos testes laboratoriais. Todo o procedimento de doação costuma durar entre 40 minutos e 1 hora.
Após a doação, o doador recebe um lanche. É recomendável que o doador permaneça, no mínimo, 15 minutos no hemocentro e beba bastante líquido durante o dia ao ser liberado.
Notificar qualquer situação que possa comprometer a amostra garante a segurança da transfusão e a saúde dos pacientes que recebem o sangue.
Pessoas que fizeram tatuagem ou maquiagem definitiva nos últimos 12 meses não podem doar sangue.
Sim. Não há nenhuma complicação ou impedimento para que a mulher não possa doar sangue durante o período menstrual.
Durante a gravidez, a doação de sangue não é recomendada. Após o nascimento do bebê, a mulher pode doar sangue dentro de 90 dias, em caso de parto normal, ou em 180 dias em caso de cesariana.
Em casos de herpes labial ou herpes genital, você apenas poderá doar sangue após o desaparecimento total dos sintomas. Quem teve herpes zoster somente estará apto à doação de sangue após 6 meses da cura da doença.
A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – anulou a restrição que impedia a doação de sangue por homens homossexuais. A mudança na norma veio depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) votar contra a restrição, por julgar a regra discriminatória e inconstitucional.
A regra anterior impedia que homens que tivessem tido relações sexuais com outros homens doassem sangue dentro do prazo de 12 meses após a relação sexual.
O ato no Diário Oficial, assinado pelo diretor Antonio Barras Torres, afirma que a mudança se deu “em cumprimento à ordem judicial” e que uma gerência irá elaborar ‘orientação técnica a respeito do gerenciamento dos riscos sanitários e das responsabilidades pertinentes aos serviços de hemoterapia públicos e privados em todo o país.
Não. O jejum não é obrigatório e muito menos recomendado a quem pretende doar sangue. O ideal é que o candidato esteja bem alimentado.
Poderá doar se a pessoa com diabetes estiver controlando a doença apenas com alimentação ou hipoglicemiantes orais e não apresentar alterações vasculares. Insulino-dependentes, mesmo que tenham utilizado insulina uma única vez, não poderão doar.
Quem fuma tabaco só pode doar sangue após 2 horas sem fumar. Quem fuma maconha deve aguardar 12 horas sem fumar antes de realizar a doação de sangue.
Não. A mulher que está amamentando não pode doar sangue, a menos que o parto tenha ocorrido há mais de um ano.
Se você estiver com gripe ou resfriado, o ideal é aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas para fazer a doação.
Tenha uma refeição equilibrada e não fique de jejum. Caso tenha almoçado ou jantado (refeição farta), aguarde 3 horas para a doação.
Para quem foi submetido a cirurgias de pequeno e médio portes, o recomendado é aguardar 3 meses para doar sangue. No caso deá quem passou por uma cirurgia de grande porte, o prazo é de 6 a 12 meses.
Entre em contato com o hemocentro para verificar o período mais adequado caso você tenha passado por uma cirurgia de grande porte e queira doar sangue.
Em casos de remédios (controlados ou não) tomados regularmente, o ideal é que o candidato entre em contato com o hemocentro para verificar sua aptidão para doar sangue.
Caso você tenha ingerido bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação, não poderá doar sangue.
Se você fez extração dentária ou tratamento de canal, o ideal é aguardar 7 dias para doar sangue. Em caso de cirurgia odontológica com anestesia geral, a doação só será permitida após 4 semanas.
Lembre-se de conversar com seu dentista sobre seu caso, pois o uso de medicação depois dos procedimentos dentários pode afetar o período de espera necessário para a doação.
O ideal é sempre aguardar um período após tomar a vacina. Esse período varia de acordo com a imunização tomada:
A permissão para doar sangue ao retornar de viagem depende do local em que a pessoa esteve.
Somente após 1 ano da data da transfusão de sangue a pessoa pode se candidatar à doação.
No caso de brincos colocados com antissepsia adequada, o recomendado é aguardar 3 dias para a doação.
O ideal é que a pessoa só realize a doação de sangue 6 meses após a colocação do piercing. O prazo se estende para 12 meses se o piercing estiver aplicado na parte oral ou genital.
Todo o procedimento de doação de sangue costuma durar entre 40 minutos e 1 hora.
Pacientes que contraíram o vírus da coronavírus podem ser doarores de sangue, se seguirem parte do protocolo de triagem estipulado pelo Ministério da Saúde. Candidatos que apresentaram infecção estão inaptos por 30 dias, após a recuperação completa. Pessoas que tiveram contato direto com pessoas infectadas deverão esperar ao menos 14 dias se não apresentarem sintomas, assim como os profissionais de saúde.
A espera derivada da vacina depende do seu fabricante. Pacientes que receberam a Coronavac ou a Covaxin podem esperar até 48 horas para a doação, já os que receberam outros lotes, como a da Pfizer, AstraZeneca ou Moderna devem esperar até 7 dias.
Em São Paulo, o site prosangue.sp.gov.br oferece um espaço para criar o agendamento on-line em Hemocentros para evitar a aglomeração e risco de exposição ao vírus.
De acordo com a Fundação da Saúde Mental dos Estados Unidos, o ato pode oferecer diversos benefícios à saúde mental, como a redução do sentimento de isolamento, estresse e emoções negativas e melhora do bem-estar.
Além disso, ela oferece uma análise do seu sangue que conta com o teste para doenças como Hepatite B e C, HIV e sífilis. Um estudo realizado em 2013 também indica que doar sangue frequentemente pode diminuir os riscos de ataque cardíaco. Isso se dá porque a doação diminui o nível de ferro no sangue, que, quando em alta, é associado a riscos do desenvolvimento da condição.
Outro estudo foi capaz de provar que a doação de plasma e sangue frequentes pode remover PFAS (produtos químicos eternos) do sangue. Os PFAS são substâncias tóxicas, com propriedades que permitem sua persistência no organismo de seres vivos, se bioacumulando e biomagnificando.
De acordo com o time envolvido na pesquisa, as moléculas dos PFAS se ligam às proteínas séricas no sangue e que doar o material pode impulsionar sua saída do organismo. Embora seja doado, especialistas acreditam que o sangue não oferece nenhum risco aos seus receptores.
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