Economia ecológica é um conceito que busca incluir o meio ambiente no estudo da macroeconomia. Entre os economistas ecológicos mais importantes estão Nicholas Georgescu-Roegen, Joan Martínez Alier e Herman Daly.
A economia ecológica é uma crítica direta ao reducionismo econômico clássico, que não insere os custos ambientais na abordagem econômica.
A visão econômica clássica parte do pressuposto que o crescimento pode ser infinito, sem contabilizar os recursos ambientais.
Alguns autores que defendem a abordagem da economia ecológica apontam que acreditar no crescimento infinito é um erro, pois nessa crença econômica crescimento e produção são tidos como sinônimos.
O crescimento muitas vezes se dá a custas de destruição ambiental ou prejuízo humano.
A produção de papel e armas, por exemplo, se dá às custas de desmatamento e mortes em potencial. Mas tudo isso é incluído na conta do Produto Interno Bruto (PIB) como crescimento e interpretado como desenvolvimento.
Os economistas ecológicos defendem que crescimento e desenvolvimento são conceitos diferentes.
Para estes pensadores, o crescimento se refere apenas ao aumento do uso dos recursos naturais, enquanto desenvolvimento se refere à evolução, transformação, produção da vida e da arte.
O atual modelo econômico exacerba o problema das mudanças climáticas e a destruição ambiental.
Como apontado por Joan Martínez Alier em entrevista ao jornal BBC, em vez de ser circular, o sistema econômico atual tende à entropia, destruindo continuamente novas matérias-primas como petróleo, carvão, gás natural, minério de ferro, cobre, soja e eucalipto.
O conceito de economia ecológica conversa com os conceitos de justiça ambiental, justiça climática, gentrificação e racismo ambiental, uma vez que, aqueles que estão à margem na economia sofrem mais consequências ambientais, como populações indígenas, refugiados, pomeranos, mulheres, negros e pobres.
Em 2008, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), lançou a Iniciativa Economia Verde (IEV, ou GEI-Green Economy Initiative, em inglês).
O Conceito divide opiniões sobre a possibilidade de sua prática efetiva.
O relatório da economia verde inclui a aceitação de carbono, água e biodiversidade sejam passíveis de apropriação e negociação por contrato e que se constituam em novas cadeias globais de commodities.
A principal crítica feita à economia verde gira em torno dessa questão e a negação da possibilidade de se atribuir valores monetários a bens naturais.
Em outras palavras, a economia verde acaba incentivando a ideia de que capital construído pode vir a substituir capital natural, sem levar em conta, assim como a economia convencional, os limites planetários.
As críticas à ideia de valoração do meio ambiente com mecanismos tradicionais consideram a economia verde um outro nome para o chamado ambientalismo de mercado.
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