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Geração distribuída é um termo utilizado para fazer referência à energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a ele

Geração distribuída (GD) é um termo utilizado para fazer referência à energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a ele. De modo geral, pode-se dizer que ela corresponde a um modelo de geração descentralizada, que emprega geradores de pequeno porte e se contrapõe à estratégia de geração centralizada. 

O modelo centralizado consiste no uso de grandes usinas (como hidrelétricas e termelétricas) distantes dos centros consumidores, o que exige que o transporte da eletricidade seja feito por meio de linhas de transmissão de longas distâncias. Por outro lado, na geração distribuída existem pequenos geradores instalados próximos aos centros consumidores ou no mesmo local onde a energia é utilizada. 

Quais os tipos de geração distribuída?

A geração distribuída pode ser divida em 4 modalidades diferentes, sendo elas:

Autoconsumo local

Também chamado de geração junto à carga, essa modalidade consiste em consumir a energia no mesmo local em que ela é produzida. Esse é o caso da energia solar residencial, por exemplo.

Autoconsumo remoto

Nessa modalidade, o gerador fotovoltaico pode ser instalado em um local diferente da unidade consumidora. Para tanto, é necessário que todos os imóveis estejam sob a mesma titularidade e localizados dentro da mesma área de concessão.

Geração compartilhada

Assim como o próprio nome já diz, essa geração pode ser compartilhada entre dois ou mais consumidores. Para isso, é possível fazer o compartilhamento por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou qualquer outra forma de associação civil, podendo ser compostas por pessoas físicas ou jurídicas. Este tipo de geração distribuída é muito comum em sistemas fotovoltaicos, principalmente em fazenda solar.

Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (EMUC) 

Ele consiste em um conjunto de unidades consumidoras que estejam na mesma propriedade ou propriedades próximas. Assim, essa modalidade pode ser aplicada em condomínios residenciais, prédios comerciais e shoppings.

Quais as vantagens e desvantagens da geração distribuída?

A geração distribuída é caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte localizados próximos aos centros de consumo de energia elétrica. Nesses sistemas, as fontes de energias utilizadas podem ser renováveis ou combustíveis fósseis

De modo geral, a presença de pequenos geradores próximos às cargas pode proporcionar diversas vantagens para o sistema elétrico. Entre elas, estão a postergação de investimentos em expansão nos sistemas de distribuição e transmissão; o baixo impacto ambiental; a melhoria do nível de tensão da rede no período de carga pesada e a diversificação da matriz energética. 

Por outro lado, existem algumas desvantagens associadas ao aumento da quantidade de pequenos geradores espalhados na rede de distribuição, tais como o aumento da complexidade de operação da rede, a dificuldade na cobrança pelo uso do sistema elétrico, a eventual incidência de tributos e a necessidade de alteração dos procedimentos das distribuidoras para operar, controlar e proteger suas redes. 

Desde 17 de abril de 2012, quando a Aneel criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, o consumidor pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. 

Micro e minigeração distribuídas

A micro e a minigeração distribuídas consistem na produção de energia elétrica a partir de pequenas centrais geradoras que utilizam fontes renováveis de energia elétrica ou cogeração qualificada, conectadas à rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. 

A microgeração distribuída refere-se a uma central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 quilowatts (kW). Já a minigeração distribuída diz respeito às centrais geradoras com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 3 MW para fontes não despacháveis (em que a energia não pode ser armazenada), e até 5 MW para fontes despacháveis (em que a energia pode ser acionada a qualquer momento, por ser armazenada). 

O que é geração distribuída com energia solar?

diferença entre placa solar monocristalina e policristalina
Imagem de Anders J no Unsplash

A energia solar on-grid fotovoltaica pode ser considerada parte do segmento de geração distribuída, junto com outras energias renováveis. A Lei 14300, sancionada em 2022, é o que regulamenta critérios para a geração distribuída de energia fotovoltaica no Brasil, incluindo-a na modalidade de geração compartilhada.

A legislação, portanto, estabelece várias possibilidades de compartilhamento, como via consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou qualquer outra forma de associação civil. Além disso, a lei também institui o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), em que o consumidor paga apenas a taxa de infraestrutura da distribuidora pelos créditos de energia recebidos e pela diferença entre a energia consumida proveniente da rede pública e a energia gerada pelo sistema de geração distribuída.

Geração distribuída de energia elétrica no Brasil

A regulação da geração distribuída (GD) no Brasil trouxe inúmeros ganhos ao crescimento do uso de energia solar no país, frente importante na mitigação das mudanças climáticas e na transição para uma matriz energética mais limpa (de baixo carbono). Se antes já era evidente que a procura por este tipo de energia renovável geraria mudanças profundas na forma de operação do sistema elétrico nacional, agora o redesenho no papel das distribuidoras e do Operador Nacional do Sistema (ONS) ganha alguns incrementos – a escassez de água e consequente perda na geração de energia hidrelétrica, e a necessidade de uma nova infraestrutura de energia que atenda toda a demanda.

Programas ambientais voluntários

Os Programas Ambientais Voluntários (PAVs), consistem em um conjunto de iniciativas de melhorias ambientais adotadas em uma região ou um setor produtivo. Esses programas, que são ações voluntárias, estimulam o governo local a adotar medidas sustentáveis, através da definição de metas e objetivos.

Os resultados desses programas são pouco avaliados, devido algumas dificuldades, como a coleta de dados necessários. Entretanto, uma pesquisa demonstrou que os programas ambientais voluntários são eficazes no incentivo de sistemas de energia verde, como painéis de energia solar.

Eles proporcionam assistência aos governos para a adoção de medidas de implementação dos sistemas na região. Além disso, oferecem um reconhecimento nacional de sustentabilidade, favorável para a imagem do governo.


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