Japão planeja construir maior usina solar flutuante do mundo

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Planejado para 2016, projeto irá gerar energia suficiente para abastecer cerca de cinco mil casas durante um ano

A energia solar é uma das fontes de energia alternativa mais promissoras. Apesar de poucos saberem, a aplicação dela a partir de painéis solares pode se dar de formas bem variadas. Um dos problemas da energia solar é a grande área em que deve ser utilizada para sua captação, por isso uma nova ideia promete ser a solução para esse problema: mover as instalações das usinas de energia solar para a água.

Até o momento, Reino Unido, Austrália, Itália e Índia já possuem planos para a instalação de usinas solares flutuantes. Mas é no Japão em que o maior desses planos está pronto para se tornar realidade.

No local escolhido, o reservatório Yakamura Dan na cidade de Ichihara, as empresas Kyocera Corporation, Century Tokyo Leasing Corporation e a Ciel et Terre planejam construir a maior usina solar flutuante do mundo. O projeto de 50 mil módulos de painéis solares instalados em uma área de 180 quilômetros quadrados irá gerar 15.635 megawatts-horas de eletricidade por ano, o que é suficiente para abastecer cerca de cinco mil casas pelo mesmo período.

Prós e contras

A principal vantagem de construir uma usina de energia solar na água é que não é necessária a sua construção na terra, deixando o lugar livre para sua preservação ou para outros usos, como agricultura e moradia. Essa ideia é perfeita para o Japão, que não possui um vasto território, no entanto, não se pode simplesmente colocar milhares de painéis fotovoltaicos na água de uma hora pra outra.

Na construção da usina, deve-se levar em conta diversos problemas, como a corrosão e desastres naturais, principalmente no Japão, um país suscetível a terremotos, tufões, deslizamentos e maremotos. Para aguentar tudo isso, o equipamento passou por vários testes, incluindo a sua avaliação em um túnel de vento que simulava as condições de um furacão.

Além disso, os painéis solares devem cumprir com algumas regulações ambientais devido ao seu impacto na natureza. O material utilizado em sua composição é um polietileno de alta densidade que é 100% reciclável e resiste aos raios ultravioletas e à corrosão. O projeto também irá causar um impacto no ambiente em que vai ser inserido, modificando a taxa de infiltração dos raios solares na água, tornando-a mais escura e fria, podendo assim afetar o crescimento das algas, fonte de alimentação de diversos seres vivos aquáticos.

Com mais de ⅔ da superfície da Terra coberta por água, a ideia de construir usinas solares nela parece muito plausível. Contudo, a utilização dessa tecnologia nos oceanos ainda é um sonho distante devido a diversas variações, como ondas e mudanças nos níveis de água, que iriam interferir e causar danos aos painéis.

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