Mato Grosso cria programa de economia sustentável

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Iniciativa é apoiada por diversas agências da ONU

Imagem: EBC/Roosewelt Pinheiro

O estado do Mato Grosso lançou, em 10 de novembro, o Programa Ciclos – Parceria para Economia Verde (PEV-MT), em cerimônia realizada no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. O objetivo do programa é promover o crescimento econômico de forma sustentável e inclusiva, fomentando a geração de renda e trabalho decente, reduzindo a pobreza e a desigualdade social e fortalecendo a sustentabilidade ambiental.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas/MT), em parceria com Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (Unitar).

Durante o lançamento, o diretor do escritório da OIT no Brasil, Peter Poschen, ressaltou a capacidade do estado de buscar transformar sua matriz econômica, com o objetivo de torná-la sustentável e inclusiva. “O Mato Grosso está claramente na vanguarda, já assumindo essa capacidade de pensamento de conservar e incluir. A economia autossustentável traz a habilidade de gerar mais e melhores empregos e isso poderá ser avaliado através deste programa”, disse.

O titular da Setas/MT, Valdiney de Arruda, detalhou o funcionamento do programa no estado. “As ações irão funcionar em ciclos para beneficiar toda a sociedade. A iniciativa irá apoiar o governo na análise de opções de políticas de crescimento, além de fornecer suporte para a reformulação de políticas que auxiliem nessa transição”, explicou.

As ações desenvolvidas serão integradas ao trabalho de outras secretarias do governo estadual, como as secretarias de Cidades, Agricultura Familiar, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Planejamento, além do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos.

“O Mato Grosso está dando um passo além”, afirmou o governador Pedro Taques na ocasião do lançamento. “Sempre afirmamos que não deixaremos nenhum cidadão para trás e esse programa engloba isso. Queremos um futuro no qual o Mato Grosso produza muito, mas sempre preservando nosso território e cuidando das pessoas. Temos que produzir e conservar”, completou.

Também participaram do evento o chefe do Serviço de Economia e Comércio do Pnuma, Steven Stone, o coordenador do Programa de Empregos Verdes e Trabalho Decente da OIT, Paulo Sérgio Muçouçah, o sociólogo e estudioso da Economia Verde, Valdir Bündchen, e o coordenador da Parceria para Ação pela Economia Verde (PAGE) no Peru, Miguel Angel Beretta, além do corpo de secretários do Governo do Estado.

Parceria para Ação pela Economia Verde (Page)

O Programa Ciclos surgiu a partir da Parceria para Ação pela Economia Verde (Page, na sigla em inglês), uma iniciativa global do Pnuma, da OIT, do Pnud, da Unido e da Unitar.

A visão geral do Page é a de contribuir para a transformação equitativa e sustentável das estruturas econômicas nacionais em 20 países até 2020, com o objetivo de obter a sustentabilidade ambiental, a geração de trabalho decente e a promoção do bem-estar humano.

Mais especificamente, o Page incentiva a criação de condições para favorecer o investimento em ativos econômicos verdes, incluindo tecnologias limpas, estruturas para utilização eficiente de recursos, conservação de ecossistemas, mão de obra qualificada para empregos verdes e boa governança. O Mato Grosso é o primeiro estado brasileiro a se juntar a esta parceria e está formulando projetos para implementar a iniciativa durante os próximos três anos.

O Page foi criado em resposta a um apelo feito à ONU no encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, em 2012, para que a organização apoiasse os países interessados na transição para economias mais verdes e inclusivas, realizado.

O documento final da RIO+20, intitulado “O futuro que queremos” , reconheceu a Economia Verde como um canal para a promoção do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.


Fonte: ONUBr

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