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Entenda o que são os pensamentos intrusivos e como pará-los

Pensamentos intrusivos são pensamentos súbitos e involuntários, muitas vezes negativos, com teor sexual ou agressivo e que causam estresse e ansiedade. Embora seja uma ocorrência comum e que a maioria das pessoas já vivenciaram, esses pensamentos podem ser mais frequentes em alguns indivíduos, como em pessoas com transtornos mentais. 

Em geral, os pensamentos intrusivos podem ser sintomas de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Nesses casos, esses pensamentos não são evitáveis e podem impactar negativamente a vida do indivíduo. 

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Tipos de pensamentos intrusivos 

Existem diversos tipos de pensamentos intrusivos, como: 

  • Contaminação por germes ou infecções, comuns em pacientes com TOC
  • Atos violentos, agressão
  • Situações sexuais impróprias ou imorais
  • Pensamentos negativos sobre religião, blasfêmia
  • Pensamentos imprecisos e intrusivos sobre a própria aparência
  • Agir ou se comportar de modo impróprio em público

Embora negativos e muitas vezes perturbadores, esses pensamentos não possuem significados, ou seja, tê-los não indica uma falha de caráter. De acordo com a Associação de Ansiedade e Depressão da América (ADAA), os pensamentos intrusivos não refletem os desejos ou realidade da pessoa que os vivencia, sendo inteiramente involuntários. 

Causas

Na maioria das vezes, os pensamentos intrusivos não possuem uma causa concreta, acontecendo aleatoriamente. Em casos menos comuns, eles são associados a transtornos mentais, como a ansiedade, TOC, transtornos alimentares e transtorno do estresse pós-traumático. 

Por outro lado, eles também podem ser um resultado de situações como: 

  • Demência
  • Lesão cerebral
  • Doença de Parkinson 
cerebro
Foto de Anna Shvets, no Pexels

Como identificá-los 

Uma pesquisa de 2014 comprovou que 94% dos participantes já tiveram algum tipo de pensamento intrusivo, o que evidencia a ocorrência desse fenômeno também em pessoas neurotípicas. Entretanto, são mais comuns em pessoas neurodivergentes.

Porém, se são comuns na maioria das pessoas, como diferenciá-los dos pensamentos normais? Ou simplesmente de ideias? De acordo com a Universidade de Harvard, alguns sinais para identificar os pensamentos intrusivos são: 

  • Pensamentos anormais e incomuns para você, como a violência excessiva
  • Os pensamentos são perturbadores, algo que você quer tirar da cabeça assim que os tem
  • São difíceis de controlar, repetitivos e não vão embora com facilidade

Com a viralidade do termo, muitas pessoas confundem o teor de pensamentos intrusivos com apenas pensamentos ou ideias. Portanto, é importante notar que, na maioria das vezes, esses tipos de pensamentos são incômodos, negativos e que causam estresse e ansiedade no indivíduo. 

Tratamento

Tratamentos para pensamentos intrusivos vêm sendo explorados desde a década de 80, quando David Wegner conduziu um estudo sobre o bloqueio de pensamentos indesejados. Muitos especialistas acreditam que os resultados deste estudo comprovam uma teoria ainda mais antiga, de Freud, de que memórias reprimidas persistem no inconsciente, onde podem nos perseguir.

Por outro lado, evidências sugerem que o ato de esquecimento ativo pode ser uma ferramenta no tratamento desses pensamentos, uma vez que a supressão de memórias é possível e adaptável. No entanto, a terapia de supressão ainda não possui um planejamento objetivo e eficaz dentro do tratamento de pensamentos intrusivos

Por isso, ao ser perturbado por esses pensamentos e quando perceber que estão impactando sua rotina e sua vida em geral, procure ajuda profissional. Até então, a terapia com psicólogos e psiquiatras é o tipo de tratamento mais eficaz no controle desse fenômeno. 

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O que fazer?

Além da ajuda profissional, existem alguns exercícios que podem ajudar a controlar ou esquecer pensamentos intrusivos. São eles: 

  • Identificação desses pensamentos como intrusivos; 
  • Reconhecimento de que eles são involuntários, irrelevantes e não refletem o seu caráter como pessoa
  • Aceitar a presença de pensamentos intrusivos em vez de ativamente lutar contra eles
  • Continuação de comportamentos normais, dando tempo para que os pensamentos desapareçam por conta própria

O mais importante no controle de pensamentos intrusivos é não se envolver neles, nem realizá-los. Contudo, também é essencial lembrar que são involuntários — por isso, procure não se julgar pelo seu acontecimento. 


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