A população de herbívoros grandes (massa corporal igual ou superior a 100 kg) de ambientes selvagens está diminuindo. Estima-se que cerca de 60% do total está ameaçada de extinção, o que afetaria toda a biodiversidade.
Essas espécies são encontradas, em escala decrescente, nos seguintes locais: África, sudeste da Ásia, Índia, China, resto da Ásia, Europa, América Latina e América do Norte. Ou seja, quase todas as espécies estão em países pobres.
As principais ameaças que esses animais enfrentam são a caça, a competição com a pecuária, a invasão humana, a agricultura e o desmatamento. Para agravar o quadro, eles se reproduzem muito lentamente.
Eles costumam ser caçados para atender duas demandas: a alimentar (as pessoas comem sua carne) e a venda de partes do corpo no comércio ilegal, como as presas dos elefantes e os chifres dos rinocerontes. Nesse ritmo, em 20 anos, os rinocerontes podem chegar à extinção.
Acredita-se que, em média, estas espécies ocupem apenas 19% de seu território original.
O declínio da população afeta direta e indiretamente outras espécies animais na cadeia alimentar, incluindo predadores e herbívoros menores. Também modificam processos abióticos envolvendo ciclos de nutrientes (como o ciclo do nitrogênio), propriedades do solo, regime de queimadas e produção primária.
Estes herbívoros contribuem fortemente para a dispersão de sementes; eles as comem e depois as espalham através de suas fezes. Isso ajuda na manutenção de várias espécies vegetais, afetando no controle da taxa de monóxido de carbono.
Sua extinção também colocaria em risco a segurança alimentar de vários grupos humanos, que consomem sua carne.
Há poucos estudos científicos sobre eles, logo, precisa-se incentivar pesquisas acadêmicas para conhecer melhor estas espécies e propor alternativas para preservá-las. Também é necessário que haja políticas mais contundentes que visem barrar o comércio ilegal de partes de seus corpos, além de aumentar áreas de proteção (para saber como é no Brasil, clique aqui).
Existem algumas estratégias que combinam a proteção dos herbívoros de grande porte e a inibição das mudanças climáticas, como: diminuir a prática da pecuária e, em troca, incentivar o cultivo de plantas com alto teor de proteína, o que diminuiria a concentração de gases como o metano e o carbono, por exemplo.
Estes animais são um patrimônio coletivo, portanto, sua extinção causaria problemas a todo o planeta.
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