A puberdade é um período em que adolescentes entram em maturidade sexual que conta com mudanças que caracterizam a transição entre a infância e a idade adulta. O tempo da puberdade pode variar de acordo com o sexo do adolescente. Especialistas acreditam, por exemplo, que o processo pode começar em meninas entre os 9 a 11 anos e em meninos aos 11 anos.
Em geral, ela é marcada por mudanças físicas que ocorrem no corpo do adolescente em resposta à ação de hormônios. O processo começa quando uma parte do cérebro do adolescente chamada hipotálamo começa a produzir um hormônio específico — o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Após essa produção, o hipotálamo encaminha o GnRH para a glândula pituitária, que é estimulada a liberar outros dois tipos de hormônios — hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH).
Esses hormônios são encaminhados aos órgãos reprodutores (ovários e testículos), que então são estimulados a liberar estrógeno (ou estrogênio), no caso das meninas, e testosterona, no caso dos meninos. A liberação de ambos hormônios sexuais demarcam o início da puberdade.
Os estágios da puberdade foram definidos pelo professor e especialista no desenvolvimento de crianças, James M. Tanner. Após essa identificação, os estágios foram categorizados na “escala de Tanner”, que indica uma avaliação da maturação sexual, que por sua vez serve como um guia para o desenvolvimento físico dos adolescentes durante o processo.
Em geral, diversas partes do organismo sofrem mudanças durante a puberdade, como:
Ocorre antes da aparição das mudanças físicas decorrentes da puberdade, ou seja, é caracterizado por mudanças internas.
O estágio 2 é caracterizado pelo início do desenvolvimento físico dos adolescentes e possui um desdobramento diferente de acordo com o sexo biológico do indivíduo.
Embora tenham início no segundo estágio, as mudanças físicas ficam mais aparentes durante o estágio 3, que podem começar entre os 12 e 13 anos.
A puberdade entra em seu ápice durante o quarto estágio, que ocorre entre os 13 a 14 anos.
O estágio 5 é o último estágio da puberdade e indica a maturação física do adolescente.
Durante a puberdade, os adolescentes tendem a ficar mais emocionais devido à liberação de hormônios, mudanças corporais e pressão na escola.
Essas mudanças são comuns, mas em alguns casos, podem resultar em quadros de transtornos mentais como depressão e ansiedade. Nesses casos, os pais dos adolescentes são encorajados a procurar auxílio com profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras.
No entanto, em geral, as mudanças de humor fazem parte da puberdade. Desse modo, especialistas recomendam que adultos estimulem uma comunicação saudável com seus filhos durante o período, para que se sintam ouvidos.
Em geral, a puberdade é um período complicado para os adolescentes. Contudo, adolescentes que não se identificam com o seu sexo biológico podem sofrer mais durante o processo devido às mudanças corporais que não se alinham com sua identidade de gênero.
A disforia desencadeada pela puberdade pode resultar em diversos problemas psicológicos quando adolescentes transsexuais, interssexuais ou não-binários não possuem o apoio necessário para compreender e enfrentar as mudanças de seus corpos. Embora existam bloqueadores de puberdade que auxiliam a interrupção do processo, esses medicamentos nem sempre são aprovados para pré-adolescentes.
Portanto, é necessário criar uma rede de comunicação e apoio, para que esses jovens se sintam ouvidos e validados dentro de suas identidades de gênero.
Uma pesquisa apresentada na 60ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica indica que o uso regular de smartphones e tablets podem desencadear a puberdade precoce. De acordo com a descoberta, uma exposição à luz azul de longa duração foi associada ao início precoce da puberdade em ratas de laboratório.
Além disso, os animais também apresentaram níveis reduzidos de melatonina, níveis aumentados de hormônios reprodutivos e alterações físicas em seus ovários.
Especialistas descobriram que a exposição à luz azul em níveis suficientes para alterar os níveis de melatonina produzidos no organismo pode afetar a liberação de hormônios sexuais — ou seja, quanto maior a exposição, mais cedo a puberdade pode começar.
O estudo possui limitações, uma vez que é difícil imitar a exposição à luz azul equivalente ao uso de tablets de uma criança em ratos. Entretanto, o time de cientistas envolvidos na pesquisa indica que, embora os resultados não sejam conclusivos, a recomendação é limitar o tempo de tela durante a pré-adolescência.
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