Muitas pessoas seriam felizes sem nem precisar fazê-la. Outras acham essencial um mínimo possível de deslocamento de casa para o trabalho ou faculdade. Caso contrário, ficar em casa se torna uma experiência inquietante quando precisa, por exemplo, fazer algum projeto de estudo. É plausível, no entanto, que a experiência de deslocar-se na cidade seja, no mínimo, uma dor de cabeça. O transporte público é caótico e o individual estressante. Os dados da pesquisa realizada na Universidade McGill, em Montreal (CAN), podem parecer absurdos para os padrões brasileiros mas com certeza servem de exemplo para medidas que facilitem a vida de todos os cidadãos.
Os pesquisadores entrevistaram cerca de 3,4 mil pessoas e, com esses dados, estabeleceram um ranking ou hierarquia entre os seis meios mais comuns de se locomover. Os resultados demonstraram que os mais satisfeitos com as formas de ir e vir do trabalho são os pedestres, com 85% de satisfação, e os usuários de trens, com 84%. Ciclistas e motoristas seguem abaixo com 81% e 79%, respectivamente. Os menos satisfeitos, segundo a classificação, são aqueles que usam ônibus e metrô, cada um com cerca de 4 pontos percentuais abaixo dos motoristas.
Observando as medidas, fica óbvio constatar que os três primeiros se diferem em satisfação por não serem exclusivamente dependentes do trânsito. Para os usuários desses tipos de meios de locomoção, os benefícios vão além da rapidez de se chegar ao destino – trazem benefícios para saúde e meio ambiente.
Olhando por esse viés, qual seria o ranking numa megalópole como São Paulo? Por mais distante que a pesquisa possa parecer da realidade tupiniquim, devido às diferenças em termos de qualidade do transporte, numa projeção para uma possível e esperada expansão dos transportes públicos nas cidades, são pesquisas desse tipo que precisam ser levadas em conta para proporcionar às cidades o melhor balanço entre mobilidade urbana eficaz, limpa e confortável.
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