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Pelo menos 50 países se comprometeram a proteger 30% do planeta, incluindo a terra e o mar, até 2030

Imagem de Mylene2401 em Pixabay

A França, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial, comandou, nesta segunda-feira (11), a quarta edição do evento One Planet Summit for Biodiversity, que reuniu cerca de trinta líderes, representantes de ONGS, empresários e chefes de estado de diversos países para debater, por videoconferência, estratégias de contenção das mudanças climáticas e de extinção das espécies. Não compareceram ao evento as principais autoridades norte-americanas, assim como os líderes da Rússia, da Índia e do Brasil.

A cúpula se concentrou em quatro tópicos principais: proteção dos ecossistemas terrestres e marinhos; promoção da agroecologia, uma forma mais sustentável de cultivo de alimentos; aumento dos financiamentos para proteger a biodiversidade; e identificação de ligações entre o desmatamento e a saúde de seres humanos e animais.

Além disso, o presidente francês Emmanuel Macron anunciou que a Coalizão de Alta Ambição pela Natureza, lançada em 2019 pela Costa Rica, França e Grã-Bretanha, com o objetivo de estabelecer metas de proteção de pelo menos 30% do planeta até 2030, já conta com a adesão de 50 países. O acordo entre nações prevê que cada participante se comprometa a transformar um terço de seus territórios em áreas protegidas.

Iniciativas para proteger a biodiversidade são urgentes

Um relatório da ONU sobre a biodiversidade, publicado em 2019, mostrou que as atividades humanas são responsáveis, agora, por mais prejuízos à natureza do que em qualquer outro momento da história humana, com a extinção iminente de mais de 1 milhão de espécies de plantas e animais. Macron afirmou que “a pressão sobre a natureza exercida pelas atividades humanas está aumentando as desigualdades e ameaçando nossa saúde e segurança”.

A cúpula ainda lançou o programa PREZODE, apresentado pelo presidente francês como uma iniciativa internacional sem precedentes para prevenir o surgimento de doenças zoonóticas e pandemias, que já está mobilizando mais de 400 pesquisadores e especialistas em todo o mundo.

Outros líderes na cúpula foram a chanceler alemã Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau. A China, representada pelo vice-premiê Han Zheng, concordou que “esforços coletivos” são necessários.

O evento aconteceu sem a presença do alto escalão dos Estados Unidos, já que o presidente eleito Joe Biden, forte defensor das questões climáticas, só assume o cargo no dia 20 de janeiro. Durante sua campanha, Biden prometeu ações de proteção à biodiversidade, preservando 30% das terras e águas norte-americanas até 2030.

O evento buscou preparar as negociações sobre metas de biodiversidade que deverão ser discutidas em uma conferência da ONU, prevista para outubro, que foi adiada em 2020 em razão da pandemia. A cúpula climática global da ONU, a COP26, também foi reprogramada para acontecer em novembro, no Reino Unido.

Muralha Verde

Uma conferência paralela na segunda-feira focou os investimentos para o projeto da Grande Muralha Verde da África, que envolve esforços gigantescos para impedir que o Deserto do Saara se espalhe mais ao sul.

Os participantes saudaram a criação de um chamado acelerador, que deve liberar 14,3 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para financiar o programa. Lançado em 2007, o objetivo é plantar um arco de árvores com 7.000 quilômetros em toda a África, do Senegal ao longo do Atlântico até Djibouti, no Golfo de Aden.

Outra iniciativa envolve uma nova coalizão de países mediterrâneos trabalhando para proteger o mar da poluição e da pesca predatória.

O príncipe Charles, da Grã-Bretanha, lançou um “apelo urgente” aos líderes do setor privado para se juntarem a uma nova aliança de investimentos, com a meta de arrecadar 10 bilhões de dólares até 2022 para financiar soluções baseadas na natureza.


Fontes: The Guardian e France 24


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