Tupinambo: conheça a alcachofra-de-jerusalém

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O tupinambo é um tubérculo da família dos girassóis nativo da América do Norte. Ele também é conhecido como alcachofra-de-jerusalém, ou por seu nome científico — Helianthus tuberosus. O tubérculo é considerado um PANC (planta comestível não convencional) e tem uma aparência similar ao gengibre e outros rizomas, porém com um gosto distinto. 

A planta é crocante e adocicada, mas é comumente utilizada para substituir a batata ou inhame em algumas receitas. Embora seu nome, a alcachofra-de-jerusalém não é encontrada no Oriente Médio e nem considerada uma alcachofra. 

O alimento era comumente consumido pelos povos nativos dos Estados Unidos e depois foi levado à Europa, onde é um ingrediente conhecido principalmente na França. Após a sua exportação, o tupinambo não foi mais comumente cultivado nos Estados Unidos ou em outros locais além da Europa. 

No Brasil, ele pode ser mais difícil de encontrar. No site do Núcleo de Extensão da USP sobre alimentação saudável é possível encontrar alguns locais com a disponibilidade de PANCS, confira aqui.

Imagem editada e redimensionada de Marco Verch Professional Photographer em Flickr, sob a licença CC BY 2.0

Para que serve o tupinambo

Na alimentação, como já mencionado, o tupinambo é utilizado comumente na substituição de outros tubérculos, porém, esse não é seu único uso. Em alguns locais da América do Norte onde o seu cultivo prevalece, o alimento é usado em conserva, como picles ou em condimentos. 

Como usar

Se encontrar o tupinambo é difícil, seu preparo é fácil. Assim como a batata, você pode fazer um purê com sal e algum tipo de gordura vegetal ou assá-lo com azeite até que a pele fique firme e o interior cremoso. Ele também pode ser consumido in natura ou adicionado em sopas e caldos. 

A única parte mais complicada de seu preparo é a sua lavagem, que deve ser feita com cuidado para tirar toda terra e sujeira entre as fendas da pele do tubérculo. 

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Armazenamento 

O tupinambo é melhor armazenado sem lavagem na geladeira, dentro da gaveta de vegetais. 

Nutrição

Uma xícara de tupinambo com cerca de 150 gramas contém: 

Calorias: 110

Gordura: 0g

Carboidratos: 26,1g

Fibras: 2,4g

Açúcares: 14,4g

Proteínas: 3g

Ferro: 5,1mg

Cobre: 0,2mg

Magnésio: 25,5mg

Fósforo: 117mg

Potássio: 644mg 

Cerca de 90% das calorias do alimento são derivadas dos carboidratos complexos (polissacarídeos). Apesar de conter cerca de 14 gramas de açúcar por porção, o índice glicêmico do tupinambo é baixo, o que significa que ele não influencia os níveis de açúcar no sangue. 

Além dos nutrientes listados acima, ele também pode conter alguns níveis de vitamina C, vitamina B e cálcio. 

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Benefícios 

O conteúdo nutricional rico do tupinambo oferece diversos benefícios à saúde, como: 

Melhora a saúde intestinal

A inulina, um tipo de fibra solúvel presente no tubérculo, é benéfica para a saúde intestinal. Além de estimular a produção de bactérias benéficas, ela também promove o funcionamento do intestino e age como um prebiótico.

O aumento de bactérias benéficas no sistema digestivo auxilia contra a inflamação, promove o metabolismo e o sistema imunológico. 

Auxilia no controle da glicemia

Por não ser metabolizada como açúcar, como a maioria dos carboidratos, a inulina não promove o aumento do açúcar no sangue. Portanto, o tupinambo pode ser um alimento benéfico para pessoas com diabetes tipo 2. 

Regula a pressão arterial

O potássio presente no tupinambo ajuda a regular a pressão arterial, além de agir contra os efeitos prejudiciais do sódio no organismo. 

Reduz o colesterol

Por ser uma fonte de fibras solúveis, o consumo do tupinambo pode diminuir o colesterol ruim e os triglicerídeos. 

Pode prevenir o câncer

Um estudo sobre as folhas do tupinambo encontrou 11 lactonas sesquiterpênicas e duas flavonas conhecidas. Esses compostos mostraram atividade citotóxica contra células cancerígenas.

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Efeitos colaterais e contraindicações

Na maioria dos casos, o tupinambo é seguro e saudável como um alimento. Porém, algumas pessoas podem apresentar alergias à inulina presente em sua composição. Por outro lado, a inulina também pode causar desconforto digestivo que resulta na formação de gás. 

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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