O sinal de televisão analógico, que é transmitido na frequência de 700 MHz, já está começando a ser desligado no Brasil. Até dezembro de 2018, mais de 1,3 mil cidades terão feito a transição total para o sinal digital de TV aberta. A mudança trará: melhoria de qualidade de som e imagem da transmissão, possibilidade muito maior de interatividade, fim de ruídos e chiados, além de tudo isso ser totalmente gratuito. As alterações foram estabelecidas pela lei 5.820, de 2006, que criou o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T). Ok, mas o que muda para quem quer continuar assistindo aos canais e programas da televisão aberta? E como essa mudança de padrão pode afetar o meio ambiente?
Se o usuário possui um televisor de tubo, o aparelho é, com certeza, analógico. Mas isso não significa que a troca é necessária. É possível adquirir um item chamado conversor digital, que vai adaptar o sinal digital à qualidade analógica da TV. Também é preciso verificar se a sua antena UHF está corretamente instalada para receber o sinal digital.
Caso a televisão seja de LCD, LED ou plasma e tiver sido fabricada antes de 2010, é muito provável que ela não tenha capacidade de receber o sinal digital diretamente. Nesse caso, o mesmo procedimento é necessário: instalação da antena UHF apta para o novo sinal e do conversor digital.
Se a TV de LCD, LED ou plasma foi fabricada após 2010 é bem provável que ela possa receber o sinal digital sem necessidade do conversor (consulte o fabricante), mas a antena UHF também é necessária. O mesmo se aplica a televisores com adesivo “DTV”, que atesta a possibilidade de transmissão do novo sinal.
Assinantes de TV por assinatura não serão impactados pela mudanças. Quem participa de programas sociais como Bolsa Família pode ter acesso a kits gratuitos de conversão digital.
Para saber mais detalhes e recomendações no momento de realizar troca de antenas ou instalação de conversores, acesse o site do Seja Digital ou ligue para 147.
Pode parecer que não, mas a troca de sinal de TV do analógico para o digital pode causar muitos impactos ambientais. Isso porque aparelhos de televisão novos são mais adaptados à qualidade e à interatividade do sinal, o que proporciona um estímulo natural para que o consumidor efetue a troca de aparelho, mesmo com a possibilidade de adaptação por meio de conversor digital. O problema é que a maior parte das analógicas são as famosas “TVs de tubo“, que têm esse nome devido ao tubo de raios catódicos (CRT) presente em seu interior.
Esse tubo contém, entre outros materiais, o chumbo, que é extremamente tóxico para humanos. Trata-se de um metal pesado, que pode causar alterações genéticas, atacar o sistema nervoso, a medula óssea e os rins, além de causar câncer. Dois outros elementos tóxicos também estão presentes no monitor CRT: cádmio e mercúrio (veja mais em “Mercúrio, cádmio e chumbo: os inimigos íntimos presentes nos eletrônicos“). Dependendo do modelo, é possível que outros componentes tóxicos façam parte do produto.
O descarte incorreto de televisores de tubo, portanto, pode ocasionar risco potencial à saúde humana, à fauna e à flora das cidades brasileiras. O que se deve fazer para evitar isso?
Pronto, agora você já sabe como evitar os riscos ambientais da transição de sinal de TV no Brasil. Confira o vídeo do Seja Digital sobre o assunto.
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