Pré-diabetes não é exatamente uma doença, mas uma condição em que você se encontra. Em outras palavras, significa que você tem um nível de açúcar no sangue mais alto do que o normal – ainda não alto o suficiente para ser considerado diabetes tipo 2, mas, sem mudanças no estilo de vida, adultos e crianças com pré-diabetes têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
Se você tem pré-diabetes, os danos a longo prazo do diabetes, especialmente no coração, vasos sanguíneos e rins, podem já estar começando. No entanto, há boas notícias: a progressão de pré-diabetes para diabetes tipo 2 não é inevitável. Ela depende, basicamente, de você!
Investir em alimentação saudável, tornar a atividade física parte de sua rotina diária e manter um peso adequado são atitudes simples que podem ajudar a normalizar o nível de açúcar no sangue. As mesmas mudanças no estilo de vida que podem ajudar a prevenir o diabetes tipo 2 em adultos também podem ajudar a normalizar os níveis de açúcar no sangue das crianças.
Geralmente, o pré-diabetes não apresenta quaisquer sinais ou sintomas. Um possível sinal é a pele escurecida em certas partes do corpo. As áreas afetadas podem incluir pescoço, axilas, cotovelos, joelhos e nós dos dedos. Os sinais e sintomas clássicos que indicam que você passou de pré-diabetes para diabetes tipo 2 incluem:
A causa exata do pré-diabetes é desconhecida. Mas a história familiar e a genética parecem desempenhar um papel importante. A falta de atividade física regular e o excesso de peso ao redor do abdômen também também parecem contribuir.
O que está claro é que as pessoas com pré-diabetes não processam mais o açúcar (glicose) adequadamente. Como resultado, o açúcar se acumula no sangue em vez de fazer sua função normal de fornecer energia às células que constituem os músculos e outros tecidos.
A maior parte da glicose em seu corpo vem dos alimentos que você ingere. Quando o alimento é digerido, o açúcar entra em sua corrente sanguínea. Transferir o açúcar da corrente sanguínea para as células do corpo requer um hormônio chamado insulina.
A insulina vem de uma glândula localizada atrás do estômago chamada pâncreas. O pâncreas envia insulina para o sangue quando você se alimenta.
Conforme a insulina circula, ela permite que o açúcar entre nas células e diminui a quantidade de açúcar no sangue. Quando o nível de açúcar no sangue começa a cair, o pâncreas desacelera a secreção de insulina no sangue.
Quando você tem pré-diabetes, esse processo não funciona tão bem. Seu pâncreas pode não produzir insulina suficiente ou as células se tornam resistentes à insulina e não permitem a entrada de tanto açúcar. Portanto, em vez de alimentar as células, o açúcar se acumula na corrente sanguínea.
Os mesmos fatores que aumentam as chances de desenvolver diabetes tipo 2 também aumentam o risco de pré-diabetes. Esses fatores incluem:
Excesso de peso é o principal fator de risco para pré-diabetes. Quanto mais tecido adiposo você tiver, especialmente dentro e entre o músculo e a pele ao redor do abdômen, mais resistentes as células se tornam à insulina.
Uma cintura grande pode indicar resistência à insulina. O risco de resistência à insulina aumenta para homens com circunferência da cintura igual ou maior que 99 cm e igual ou maior a 87 cm, para mulheres.
Consumo de carne vermelha e carne processada, além de bebidas adoçadas com açúcar, está associado a um risco maior de pré-diabetes. Uma dieta rica em frutas, vegetais, nozes, grãos inteiros e azeite de oliva está associada a um risco menor de pré-diabetes.
Quanto menos ativo você for, maior será o risco de pré-diabetes. A atividade física ajuda a controlar o peso, consome açúcar para obter energia e faz com que o corpo use a insulina com mais eficácia.
Embora o diabetes possa se desenvolver em qualquer idade, o risco de pré-diabetes aumenta após os 45 anos.
O risco de pré-diabetes aumenta se você tem dos pais ou irmã(o) com diabetes tipo 2.
Embora não esteja claro por que, certas pessoas, incluindo negros, hispânicos, índios americanos e asiáticos, têm maior probabilidade de desenvolver pré-diabetes.
Se você teve diabetes durante a gravidez (diabetes gestacional), você e seu filho têm maior risco de desenvolver pré-diabetes. Se você teve diabetes gestacional, seu médico provavelmente verificará seus níveis de açúcar no sangue pelo menos uma vez a cada três anos.
Mulheres com essa condição comum, caracterizada por períodos menstruais irregulares, crescimento excessivo de cabelo e obesidade, têm um risco maior de pré-diabetes.
Pessoas com apneia obstrutiva do sono, uma condição que interrompe o sono repetidamente, têm um risco aumentado de resistência à insulina.
Fumar pode aumentar a resistência à insulina. Os fumantes também parecem carregar mais peso na cintura.
Um exame que apresenta alterações no metabolismo de glicose (ou seja, níveis elevados de glicose em jejum ou hemoglobina glicada, além de tolerância reduzida à glicose) revela um indivíduo considerado de alto risco para a progressão ao diabetes.
Segundo a American Diabetes Association, valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL, glicemia medida 2 horas após a ingestão de 75 gramas de glicose anidra entre 140 e 199 mg/dL e hemoglobina glicada entre 5,7 e 6,4%, aumentam significativamente o risco de progressão para diabetes, sobretudo em pessoas com obesidade, sedentárias e com histórico familiar da doença. O exame de curva glicêmica também ajuda no diagnóstico.
Vale ressaltar que o diabetes e a hipertensão arterial costumam andar juntos. Por isso, se você recebeu um diagnóstico de pré-diabetes, é importante dar atenção especial à sua pressão também! Confira uma lista de 20 alimentos para baixar a pressão que podem ajudar você nesse desafio.
Se você não receber tratamento, o pré-diabetes pode evoluir para diabetes tipo 2 e outras condições, como:
A boa notícia é que o pré-diabetes é reversível com mudanças no estilo de vida de longo prazo. O tratamento do pré-diabetes também pode ser visto como a prevenção do diabetes tipo 2. Se você receber um diagnóstico de pré-diabetes, certas mudanças no estilo de vida podem fazer toda a diferença.
Um estudo chamado Programa de Prevenção de Diabetes mostrou uma redução de aproximadamente 58% nas pessoas que acompanharam essas mudanças a longo prazo. As formas mais comuns de gerenciar pré-diabetes são:
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